segunda-feira, 21 de junho de 2010

SOU UM MILAGRE
Nunca houve noite, que pudesse impedir
O nascer do sol e a esperança
E não há problema que possa impedir
As mãos de Jesus pra me ajudar

sexta-feira, 6 de junho de 2008

PESQUISA DE SENSIBILIDADE CUTÂNEA

A pele sã e a área suspeita devem ser tocadas, alternadamente, com a mecha de
algodão seco e, ao indivíduo examinado, perguntar-se-á se sente o toque. Após a
comparação dos resultados dos toques, pode-se concluir sobre a alteração de sensibilidade tátil nas lesões ou nas áreas suspeitas.
A pesquisa da sensibilidade protetora é realizada nas lesões, nos membros
inferiores e superiores utilizando-se a ponta de uma caneta esferográfica. Essa pesquisa é a mais importante para prevenir incapacidades, pois detecta precocemente diminuição ou
ausência de sensilidade protetora do paciente.
A pesquisa de sensibilidade térmica nas lesões e nas áreas suspeitas deve ser
realizada, sempre que possível, com dois tubos de vidro, um contendo água fria e no outro
água aquecida. Deve-se ter o cuidado da temperatura da água não ser muito elevada (acima
de 450C), pois neste caso poderá despertar sensação de dor, e não de calor.
Devem ser tocadas a pele sã e a área suspeita com a extremidade dos tubos frio e
quente, alternadamente, solicitadando-se à pessoa que identifique as sensações de frio e
de calor (quente). As respostas como menos frio, ou menos quente devem também ser
valorizadas nessa pesquisa.
Na impossibilidade de fazer-se o teste com água quente e fria, pode-se utilizar
um algodão embebido em éter como procedimento alternativo. Nesse caso, a pele sã e a
área suspeita devem ser tocadas, alternadamente, com um pedaço de algodão embebido
em éter e, ao paciente, deve-se solicitar que diga quando tem a sensação de frio, sendo
comparado os resultados do toque na pele sã e na área suspeita.
Já a pesquisa de sensibilidade tátil nas lesões e nas áreas suspeitas é apenas com
uma mecha fina de algodão seco. Da mesma forma, deve ser explicada para a pessoa
examinada antes de sua realização.
Post na comunidade
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=32876501
por meu amigo Francisco
MANUAL DE CONTROLE DA HANSENÍASE

AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA

Hanseníase é doença infeciosa, sistêmica, com repercussão importante nos nervos
periféricos. O processo inflamatório desses nervos (neurite) é um aspecto importante
da hanseníase. Clinicamente, a neurite pode ser silenciosa, sem sinais ou sintomas, ou
pode ser evidente, aguda, acompanhada de dor intensa, hipersensibilidade, edema, perda
de sensibilidade e paralisia dos músculos.
No estágio inicial da doença, a neurite hansênica não apresenta um dano neural
demonstrável, contudo, sem tratamento adequado freqüentemente, a neurite torna-se
crônica e evolui, passando a evidenciar o comprometimento dos nervos periféricos: a perda
da capacidade de suar (anidrose), a perda de pelos (alopecia), a perda das sensibilidades
térmica, dolorosa e tátil, e a paralisia muscular.
Os processos inflamatórios podem ser causados tanto pela ação do bacilo nos
nervos, como pela resposta do organismo à presença do bacilo, ou por ambos, provocando
lesões neurais, que se não tratadas, podem causar dor e espessamento dos nervos
periféricos, alteração de sensibilidade e perda de força nos músculos inervados por esses
nervos, principalmente nas pálpebras e nos membros superiores e inferiores, dando origem
a incapacidades e deformidades.
Os profissionais de saúde devem ter, sempre, uma atitude de vigilância em relação
ao potencial incapacitante da doença, causado pelo comprometimento dos nervos
periféricos. Por isso é muito importante que a avaliação neurológica do paciente com
hanseníase seja feita com freqüência para que possam, precocemente, ser tomadas as
medidas adequadas de prevenção e tratamento de incapacidades físicas.
Assim sendo, a avaliação neurológica deve ser realizada no momento do
diagnóstico, semestralmente e na alta do tratamento, na ocorrência de neurites e reações
ou quando houver suspeita das mesmas, durante ou após o tratamento PQT e sempre que
houver queixas.
Os principais nervos periféricos acometidos na hanseníase são os que passam:
• pela face - trigêmeo e facial, que podem causar alterações na face, nos olhos e
no nariz;
• pelos braços - radial, ulnar e mediano, que podem causar alterações nos braços
e mãos;
• pelas pernas - fibular comum e tibial posterior, que podem causar alterações
nas pernas e pés.
A identificação das lesões neurológicas é feita através da avaliação neurológica e
é constituída pela inspeção dos olhos, nariz, mãos e pés, palpação dos troncos nervosos
periféricos, avaliação da força muscular e avaliação de sensibilidade nos olhos, membros
superiores e membros inferiores (vide Manual de Prevenção de Incapacidades disponível
na sua unidade de referência).
Post na comunidade
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=32876501
por meu amigo Francisco

RecadosOnline.com

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domingo, 25 de maio de 2008

Avaliação Neurológica Comentada



Quando um portador de Hanseníase chega ao hospital e o Terapeuta Ocupacional pergunta, Como é que se sente?, a resposta provavelmente não dará uma informação imediata acerca do estado para determinar qual a melhor forma de evitar as complicações decorrentes desta patologia.
Será utilizada então a Avaliação Neurológica Simplificada (ANS), que mensura os achados clínicos e exames fisico funcionais, assumindo que os sintomas refletem a gravidade e atividade silenciosa de possiveis neurites e/ou estados reacionais característicos da doença.

Hospital Aquiles Lisboa e o Cuidado a Portadores de Hanseníase.

A hanseníase é uma doença infecciosa, causada por um bacilo que ataca a pele e os nervos periféricos do corpo humano. A doença tem cura e o tratamento é feito gratuitamente em ambulatório.

Há setenta anos atras quando foi fundada a Colônia do Bomfim em São Luis do Maranhão ainda não havia cura para a hanseníase e o meio de profilaxia encontrado pelos governos era isolar as vitimas desta patologia. Com a descoberta da bactéria causadora da doença e o advento da Multidrogaterapia (PQT) todo o contexto envolvendo as pessoas atingidas e a sociedade como um todo foi remodelado após a certeza da CURA e os novos conhecimentos sobre a Hanseníase passaram a serem trabalhados com a árdua missão de anular preconceitos arcaicos e biblicos acerca da mistificação e estigma agora infundados.
Atualmente a Ex-colônia do Bonfim é um complexo cosntituido por um moderno ambulatório de Cuidados Imediatos e a antiga unidade de Hospitalização permanece atendendo a pacientes de acometidos por qualquer patologia.

Curso de Calçados e Adaptações para Pés Anestesicos no Hospital Aquiles Lisboa



Durante o período de 18 a 22 de junho de 2007 foi realizado no Hospital Aquiles Lisboa (Hal) a I Oficina de Calçados Adaptados para Pés Anestésicos, ministrado pela Terapeuta Ocupacional Claudia Rocha e viabilizado pelo Governo do Estado do Maranhão através da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Este treinamento contou também com o apoio irrestrito da Associação Alemã de Assistência aos Hansenianos e Tuberculosos (DAHW) e do Hospital Aquiles Lisboa, sede do evento.

Este treinamento era um anseio antigo por parte dos profissionais ligado à área de dermatologia – Hanseníase e deve-se a ações intensivas da Coordenadoria do Programa de Controle da Hanseníase no combate às incapacidades físicas geradas pela Hanseníase e na promoção da qualidade de vida desta clientela.

Com o objetivo de capacitar profissionais de saúde (Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem) e profissionais técnicos Sapateiros e Costureiras, da Capital e de vários municípios maranhenses (entre eles Coroatá, Imperatriz e Caxias), foram oferecidos 40 horas de treinamento teórico e prático para estes profissionais.

Tal evento transformou o auditório do Hospital Aquiles Lisboa localizado no prédio da administração (onde outrora funcionou o cinema da Colônia do Bonfim), em Sala de Avaliação de membros inferiores (MMII) e Oficina de Calçados Adaptados. Participaram como instrutores renomados profissionais como Drª Claudia Rocha e Drª Márcia Moreno (Terapeutas Ocupacionais), Calixto (Técnico Ortopédico) e o Técnico em Sapataria Senhor Expedito. Este curso teve como alunos profissionais qualificados todos compromissados com a Saúde do Portador de Hanseníase, entre eles docentes Terapeuta Ocupacional Daniele Torres e Fisioterapeuta Raimundo Sérgio (ambos do Centro de Referência no tratamento da Hanseníase).

A estes profissionais treinados foram delegadas as responsabilidades de colocar em prática os saberes adquiridos e também multiplicá-los, para tanto cada qual tem como missão implantar um Setor de Calçados em suas respectivas unidades (ou implementar) que atenda a demanda da clientela (portadores de Hanseníase e Diabetes) e que na medida do possível se tornem referencia para as unidades circunvizinhas que não possuam este serviço especializado.

A capacitação foi global em termos de alcance da temática abrangendo aspectos como anatomia da pele, mecanismo das úlceras, aspectos biomecânicos da marcha normal e patológica, avaliação motora, sensitiva, função muscular e anatômica dos pés tendo como clientela participante de treinamento, paciente com alterações da sensibilidade e que foram selecionados previamente.

A ênfase do curso deu-se em torno de pés anestésicos e/ou ulcerados ocasionados por perda da sensibilidade conseqüente a danos em nervos periféricos.

Noticias sobre o setor de calçados do Hospital Aquiles Lisboa
Nosso Setor de Calçados encontra-se em processo de reativação depois que o Hospital
concedeu um limite em verba do seu proprio orçamento para pagar as despesas com o profissional sapateiro e a Representante da ONG alemã Dahw a Sra Hanelore Vieth ofereceu ajuda para a compra de materiais por periodo limitado até que o processo que trata da implantação da Oficina de Calçados seja aprovado

A HANSENÍASE E O DIABETES VERSUS NERVOS PERIFÉRICOS




A Hanseníase e Diabetes são patologias que afetam o sistema nervoso periférico causando perda da sensibilidade cutânea que levam a danos motores e sensitivos que podem acarretar inúmeros prejuízos à funcionalidade dos pés e a qualidade de vida das pessoas atingidas.
Soares (2007) enfatiza que:

A necessidade dos portadores de Hanseníase e Diabetes de usarem calçados ou palmilhas especiais se deve pelo fato de, em muitos casos, esses pacientes desenvolvam uma neuropatia específica – um comprometimento ou lesão no nervo que chega até os pés.

Pés anestésicos e úlceras neurotróficas são caminhos que podem levar a perda de estrutura anatômica dos pés, conduzindo estas pessoas a uma jornada sem volta chamada deficiência física.Portanto urge que se previna a instalação de seqüelas evitáveis na maioria das vezes com ações simples, mas que requerem conhecimento prévio sobre suas técnicas de prescrição e uso.
Soares (2007) sensibilizado diante desta realidade destaca que:

As pessoas que sofrem de Hanseníase ou Diabetes precisam, em muitos casos, utilizar palmilhas ou sapatos especiais. Em lojas especializadas, esses Calçados Adaptados chegam a custar até cerca de R$ 500 o par. Esse alto custo muitas vezes dificulta o tratamento dos pacientes, principalmente quando se trata de pessoas com mais dificuldades financeiras.

Atualmente existe apenas um Setor de Calçados Adaptados no Maranhão, para atender a demanda do Centro de Referência e de todo o Estado, porém este trabalha com carência de espaço físico adequado, profissionais treinados (o que foi sanado agora) e equipamentos necessários. Considera-se então que há necessidade de mais setores funcionando em toda plenitude em prol da clientela atingida pela Hanseníase e pelo Diabetes.
Foss (2007) sensatamente alerta que:

Não são todos os portadores de Hanseníase e Diabetes que precisam do calçado. Mas a linha do tratamento é justamente o “antes prevenir do que remediar” – afinal, se não prevenido o problema, os pequenos machucados podem gerar grandes feridas, o que, em um estágio extremo, pode até impedir a pessoa de caminhar.

Portanto, constata-se a necessidade do envolvimento de uma equipe multiprofissional, o que no Hospital Aquiles Lisboa já existe, pois contamos com Médica/Hansenologa, Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeutas, Psicólogo, Assistentes Sociais, Enfermeiros, Técnicos em Enfermagem e agora pleiteamos agregar a esta equipe os profissionais treinados recentemente.A importância da implantação deve-se ao fato de que há grande necessidade de calçados adaptados para a clientela em questão.

Sabemos que a utilização do calçado adequado é o fator fundamental a ser considerado para prevenir problemas nos pés.

Portanto Pererê (2007) considera um calçado adequado aquele que:

“Foi projetado anatomicamente com materiais específicos para dar conforto e prevenir problemas de impacto, fricção, inchaço e machucados principalmente para quem possui anomalias nos pés. Além de pés com deformidades tais como pés chatos, joanetes, calos, dedos em forma de garra ou martelo, Fasciitis Plantar, metatarsalgia; os pés diabéticos, insensíveis e hansenianos exigem um cuidado bastante especial na escolha dos calçados.(grifo nosso)

Dados sobre a realidade dos portadores de Hanseníase em tratamento no Hal - 36 pacientes, até o dia da pesquisa em Livro Controle.

Dados sobre a realidade dos portadores de Diabetes em tratamento no Hal – 35 pacientes, até o dia da pesquisa em Registro do Programa de Hipertensão e Diabetes, sendo que alguns deles são portadores de hanseníase, também pudemos constatar que 99% destes pacientes são portadores de Diabetes tipo II.

Equipe Multiprofissional & Interdisciplinar




A Equipe Multiprofissional tem um papel de destaque para identificação precoce e resolução nas alterações que podem gerar incapacidades físicas. A detecção tardia destas alterações pode gerar outros problemas desnecessários e graves, como: ineficácia do tratamento, deficiência física e isolamento social.
Imagem:karinaoliveira.blogs.sapo.pt/arquivo/2005_02.html

Modelo Interdisciplinar em Reabilitação
De diversas formas, a realidade brasileira se coloca entre o rigor acadêmico-metodológico e o profissional de saúde. Isto ocorre em muitos pontos de sua formação e no exercício da profissão. Possivelmente, esta realidade representa o maior empecilho para que cada disciplina consiga alcançar uma metodologia e processos formais suficientes para garantir e amadurecer a relação interdisciplinar.

Casos Clínicos, invariavelmente, envolvem um número de especialidades que exigem ferramental de comunicação, acompanhamento e coordenação que corrobore com o sucesso no atendimento ao paciente e seus familiares.

A interdisciplinaridade na Reabilitação impõe-se como um marco conceitual e prático inerente ao processo de elevar a qualidade de vida de um indivíduo, bem como de reinserí-lo socialmente. Para isso, é preciso desenvolver a Funcionalidade sob diversas formas através da Ação Terapêutica, aonde cada profissional envolvido no caso clínico atua com seus objetivos e metas buscando minimizar as incapacidades e atingir um real ganho funcional, quando possível.

De acordo com Livia Borgneth, a composição básica da Equipe de Reabillitação segundo a Metodologia Interdisciplinar é composta de:

Médico Fisiatra
Fisioterapeuta
Terapeuta Ocupacional
Fonoaudiólogo
Psicólogo
Psicopedagogo
Assistente Social
É importante definir e diferenciar o conceito de equipes multidisciplinares e interdisciplinares. O trabalho multiprofissional é realizado por especialidades diversas sem que haja, necessariamente, uma relação de interdependência entre elas. O que a Metodologia mencionada aqui sugere é uma atuação interdisciplinar. Dentre as premissas de tal interdisciplinaridade, podemos elencar:

interpenetração do conhecimento;
o todo é maior que a soma das partes;
partes estruturadas;
produção conjunta de conhecimento.
Aplicando tais premissas, temos as seguintes consequências em potencial:

recomposição do conhecimento fragmentado;
compreensão do todo, o que dimensiona a ação das partes;
fortalecimento das partes beneficiando o todo.

O profissional de saúde deve refletir sobre sua atuação. Adotar uma metodologia interdisciplinar não é simples, sobretudo no início; é necessário abraçar uma cultura direcionada à eficiência, eficácia e efetividade da ação terapêutica. Portanto, a interdisciplinaridade é um Fazer a ser construído.

Compreender a atuação e as especificidades dos demais profissionais da equipe na medida certa, estar ciente da inter-relação entre as abordagens terapêuticas, entender os papéis e atribuições de cada especialidade e buscar a troca constante de informações e conhecimentos através de reuniões de equipe - ou mesmo de facilidades tecnológicas - vêm se mostrando uma boa forma de implementação de um trabalho interdisciplinar. Organização e Sistematização são os critérios fundamentais para o sucesso de uma equipe que busca esse tipo de atuação
Créditos:
www.fonoecia.com.br/weblog/2007/10/12/16/

Ações Terapeuticas Ocupacionais na Hanseniase


Na Hanseníase o Terapeuta ocupacional é um profissional de suma importância no cuidado a estas pessoas, na clínica, na reabilitação, no follow-up durante o tratamento e pós-alta. Usualmente há um fluxograma a ser obedecido nos Programas de Controle da Hanseníase onde o profissional insere-se. No Hospital Aquiles Lisboa procede-se da seguinte forma: Para cada tipo de demanda paciente (espontânea, detectado em busca ativa, encaminhado por outro órgão, outros reingressos ou transferido) claro há um procedimento, mas vamos considerar aqui a demanda espontânea que é aquela na qual o paciente procura a Unidade de Saúde por sua livre vontade.
A primeira consulta é da Enfermagem onde serão logo feitos os testes de sensibilidade cutânea, o mapeamento das lesões, a coleta da história pregressa e se há casos da doença na família, entre outras informações importantes que se colhe habitualmente com a HDA e Anamnese clínica.Este paciente é então encaminhado imediatamente para a realizar a Avaliação Neurológica e agendado a consulta médica de preferência neste mesmo dia.As avaliações Neurológicas são de competências de qualquer profissional de saúde, desde que esteja capacitado em Ações básicas para o controle da hanseníase e no Caso do Hospital Aquiles Lisboa são os Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas e Enfermeiros que realizam esta ação.
Após diagnostico médico, o paciente vai ser atendido no Programa de Hanseníase onde será preenchida a ficha de notificação (SINAM) por ser um agravo de notificação obrigatória, será administrado a dose supervisionada da primeira dose de PQT de acordo com a classificação Operacional (PB ou MB, adulto ou infantil), será elaborado um cartão de aprazamento em duas vias (uma fica na Unidade e a outra será entregue ao paciente),serão feitas todas as orientações sobre a doença,e sobre possíveis efeitos colaterais e condutas a serem tomadas.Este paciente receberá então o restante da cartela de PQT com as doses que serão auto-administradas num período de 28 dias, devendo o paciente retornar todos os meses de seu tratamento (seis ou 12 meses, conforme a forma clinica).Geralmente há necessidade de muitas informações, o paciente muitas vezes tem muitas dúvidas, cultiva crenças errôneas acerca da doença etc. Claro que não podemos "bombardear" o paciente com informações então priorizamos as que ele mais necessita no momento sem esquecer de anotar na evolução clinica quais as orientações fornecidas, pois este paciente será atendido por outros profissionais da equipe que necessitam saber o que já foi repassado ao paciente da é necessário repassar, por ser um trabalho em equipe, as informações são sendo dadas por todos os profissionais que podem inclusive monitorar as fornecidas e acrescentar as que ainda não foram dadas.

Terapia Ocupacional na Hanseníase

Na Hanseníase o Terapeuta ocupacional é um profissional de suma importância no cuidado a estas pessoas, na clínica, na reabilitação, no follow-up durante o tratamento e pós-alta. Usualmente há um fluxograma a ser obedecido nos Programas de Controle da Hanseníase onde o profissional insere-se. No Hospital Aquiles Lisboa procede-se da seguinte forma: Para cada tipo de demanda paciente (espontânea, detectado em busca ativa, encaminhado por outro órgão, outros reingressos ou transferido) claro há um procedimento, mas vamos considerar aqui a demanda espontânea que é aquela na qual o paciente procura a Unidade de Saúde por sua livre vontade.
A primeira consulta é da Enfermagem onde serão logo feitos os testes de sensibilidade cutânea, o mapeamento das lesões, a coleta da história pregressa e se há casos da doença na família, entre outras informações importantes que se colhe habitualmente com a HDA e Anamnese clínica.Este paciente é então encaminhado imediatamente para a realizar a Avaliação Neurológica e agendado a consulta médica de preferência neste mesmo dia.As avaliações Neurológicas são de competências de qualquer profissional de saúde, desde que esteja capacitado em Ações básicas para o controle da hanseníase e no Caso do Hospital Aquiles Lisboa são os Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas e Enfermeiros que realizam esta ação.
Após diagnostico médico, o paciente vai ser atendido no Programa de Hanseníase onde será preenchida a ficha de notificação (SINAM) por ser um agravo de notificação obrigatória, será administrado a dose supervisionada da primeira dose de PQT de acordo com a classificação Operacional (PB ou MB, adulto ou infantil), será elaborado um cartão de aprazamento em duas vias (uma fica na Unidade e a outra será entregue ao paciente),serão feitas todas as orientações sobre a doença,e sobre possíveis efeitos colaterais e condutas a serem tomadas.Este paciente receberá então o restante da cartela de PQT com as doses que serão auto-administradas num período de 28 dias, devendo o paciente retornar todos os meses de seu tratamento (seis ou 12 meses, conforme a forma clinica).Geralmente há necessidade de muitas informações, o paciente muitas vezes tem muitas dúvidas, cultiva crenças errôneas acerca da doença etc. Claro que não podemos "bombardear" o paciente com informações então priorizamos as que ele mais necessita no momento sem esquecer de anotar na evolução clinica quais as orientações fornecidas, pois este paciente será atendido por outros profissionais da equipe que necessitam saber o que já foi repassado ao paciente da é necessário repassar, por ser um trabalho em equipe, as informações são sendo dadas por todos os profissionais que podem inclusive monitorar as fornecidas e acrescentar as que ainda não foram dadas.

Terapia Ocupacional na Hanseníase



Terapia Ocupacional - definição
Há muitas definições para uma profissão tão abrangente na area de saúde que vão desde as da Organização Munidal de Saúde(OMS) á de nossa Associação Mundial considerando também todas as definições dadas para a profissão pelas Associações da Classe no mundo inteiro. Escolhi aqui a definição proposta pela Associação de Terapeutas Ocupacionais da Malásia onde define a Terapia Ocupacional como o tratamento de reabilitação através de atividades específicas para pacientes que tem problemas físicos, psicológicos ou sociais, com o propósito de ajudá-los a obter seu máximo nível de habilidades para que sejam tão independentes quanto possível em todos os aspectos da vida diária. (setembro, 1994)
Se quiser conhecer a diversidades de definição da Terapia Ocupacional sugiro o link:
http://www.terapeutaocupacional.com.br/no_mundo.htm
Objetivos da Terapia Ocupacional na Hanseníase

A prevenção de Incapacidades físicas passíveis de serem geradas pela hanseníase com diagnostico tardio: estas ações que englobam orientações com relação às Atividades da Vida Diária (AVD’S) como higiene pessoal,adaptações funcionais em objetos de uso cotidiano,orientação e prescrição de calçados adequados, com orientações para execução com segurança das Atividades da Vida Prática (AVP'S)e adaptações funcionais em instrumentos de trabalho entre outros.

Prevenção e Tratamento de Incapacidades Físicas: todos os casos de hanseníase, independentemente da forma clínica, deverão ser avaliados quanto ao grau de incapacidade no momento do diagnóstico e, no mínimo, uma vez por ano, inclusive na alta por cura. Toda atenção deve ser dada ao diagnóstico precoce do comprometimento neural e para tanto os profissionais de saúde e pacientes devem ser orientados para uma atitude de vigilância do potencial incapacitante da hanseníase. Tal procedimento deve ter em vista o tratamento adequado para cada caso e a prevenção de futuras deformidades. Essas atividades não devem ser dissociadas do tratamento quimioterápico, estando integradas na rotina dos serviços, de acordo com o grau de complexidade dos mesmos.

Reabilitação física, o terapeuta ocupacional vai utilizar como recurso terapêutico ocupacional os exercícios ativos livres e ativos assistidos buscandomanter ou recuperar a ADM (amplitude de movimento), a força muscular e
a funcionalidade dos membros;entre outras técnicas sempre com o objetivo de promover a autonomia, independencia e qualidade de vida da pessoa atingida pela hanseníase.

Reajuste psicossocial, exercendo a escuta terapêutica e utilizando-se das atividades terapeuticas ocupacionais o profissional promoverá o suporte emocional necessário para a superação de crenças e mitos desfavoráveis ao resgate da integridade psíquica ou a elaboração do estigma que ronda a doença. também faz parte do ajuste a conscientização do paciente das suas condições físicas caso haja seqüelas instaladas e a nova postura frente as limitações e ao preconceito.

Em alguns casos faz-se necessário a Orientação Profissional, e a orientará o aprendizado de novas formas, técnicas ou métodos que favorecerão o desempenho de nova função no trabalho ou no contexto familiar.

Lançamento do livro "Liberação endoscópica do nervo fibular comum no túnel fibular"

Ortopedista do HU lança livro sobre nervo fibular

No último dia 13 de abril o ortopedista do Hospital Universitário e professor da UFMA, Wanderley Vasconcelos reuniu colegas, amigos, pacientes e familiares por ocasião do lançamento do livro "Liberação endoscópica do nervo fibular comum no túnel fibular", em parceria com José Alberto Dias Leite da Universidade federal do Ceará (UFC) e Antonio Vítor de Abreu da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O livro
A obra tem o objetivo de padronizar uma técnica minimamente invasiva para liberação do nervo fibular comum no joelho. Trata-se do estudo realizado em peças cadavéricas confirmando a eficácia da técnica. Atualmente, o estudo clínico está sendo iniciado na Universidade Federal do
Ceará, em meio às vantagens de uma menor morbidade do ato operatório, levando a uma reabilitação pós-operatória mais precoce, com menor custo no tratamento.
Fonte: http://www.huufma.br/site/web/noticias/2007/ortopedista_lanca_livro2.html

sábado, 24 de maio de 2008

28 de Janeiro - Dia de Alerta Mundial contra a Hanseníase

O dia 28 de janeiro é o dia de alerta mundial contra a hanseníase.
Uma campanha que tem como objetivo aumentar o diagnóstico precoce da doença. A hanseníase é uma doença contagiosa de evolução lenta que se manifesta através de lesões na pele e nervos periféricos, especialmente nos olhos, mãos e pés. O agente contagioso é o bacilo de Hansen. O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, que pode causar incapacidades físicas e deformidades. O doente pode apresentar diminuição da capacidade de trabalho, limitação da vida social e problemas psicológicos, além de sofrer pelo estigma e preconceito que acompanham a doença. O homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase. A transmissão acontece através de uma pessoa doente não tratada, através de contato direto com o doente não tratado. A principal via de transmissão do bacilo é o trato respiratório: boca, nariz e faringe. O período de incubação do bacilo no organismo pode ser de 2 a 7 anos para manifestar os sintomas da doença. Sintomas Os principais sintomas da hanseníase são manchas esbranquiçadas, pálidas ou avermelhadas com perda de sensibilidade ao frio ou calor; formação de caroços ou inchaço na pele, principalmente no rosto e nas orelhas; mancha com aspecto de areia, em geral de forma arredondada; nódulos dentro e embaixo da pele avermelhada. O diagnóstico precoce da doença e o tratamento adequado previnem a evolução da hanseníase. A detecção é feita pelos sinais clínicos e exame laboratorial que confirma ou descarta a presença do bacilo nas lesões. Em caso de suspeita da doença o paciente deve procurar um posto de saúde para avaliação do caso. O tratamento é ambulatorial, gratuito, e fundamental para o controle da hanseníase.Fonte:www.trescoracoes.mg.gov.br/.../28han.htm

Definição de Caso de Hanseníase...


É uma pessoa que apresenta um ou mais dos critérios listados a seguir, com ou sem história epidemiológica e que requer tratamento específico para hanseníase: Lesão(ões) de pele com alteração de sensibilidade; Espessamento neural acompanhado de alteração de sensibilidade; Baciloscopia positiva para Micobacterium leprae.
Obs.: a baciloscopia negativa não afasta o diagnóstico de hanseníase
A HANSENÍASE PODE SER DIAGNOSTICADA APENAS PELOS SINAIS CLÍNICOS.
Manchas de hanseníase...
podem ser avermelhadas ou da cor do cobre..
geralmente não doem...
podem ser lisas ou ter errupções na pele...
podem aparecer em qualquer parte do corpo...
apresentam falta de sensibilidade ao calor, toque ou dor...
não dão coceira.

Frase do Dia...

A PQT (medicamento) cura a hanseníase. O amor, o conhecimento e o respeito curam o preconceito.
Presidente do MORHAN do Acre, José Fernandes Barros

Atuação da Terapia Ocupacional na Hanseníase



A Constituição Federal de 1988, artigo 196, assegura que: "A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação".
Este é o princípio que norteia o SUS, Sistema Único de Saúde. E é o princípio que está colaborando para desenvolver a dignidade aos brasileiros, como cidadãos e como seres humanos.
A Terapia Ocupacional é uma área do conhecimento e prática de saúde voltada para a análise e aplicação terapêutica de atividades e, adaptação do ambiente com objetivo de facilitar a realização das atividades cotidianas com independência e autonomia. As dificuldades apresentadas podem estar relacionadas às atividades de vida diária, como alimentação, vestuário, higiene, locomoção, comunicação; à atividade profissional e, às atividades de lazer e do brincar.
A intervenção dos Terapeutas Ocupacionais abrange todas as populações, crianças, adultos e idosos e várias Áreas de Intervenção.
Estamos aqui promovendo a sua atuação junto a pessoa acometida pela patologia hanseníase e que se encontra vulnerável a lesões neuro/motoras.Não vamabordaremos os mérito da terapia ocupacional em outras áreas do seu amplo leque de intervenção. Mas sim na atuação na area de Dermatologia/Hanseníase. Esta patologia antes de tudo é uma doença com grandes implicações em todos os contextos da vida do individuo afetado.Além dos danos em nervos periféricos e as repercussões na pele, o maior órgão do corpo humano, há ainda o estigma e preconceito que cerca esta doença e que vem de remotos tempos, sendo perpetuado pela possibilidade de deformidades e mutilações. A Hanseníase tal como é concebida hoje Tem Cura mas, necessita de diagnóstico precoce, uso correto da medicação e adesão a esta, acompanhamento e informações ao paciente, seus familiares e a sociedade também, visto que o homem é um ser que vive em sociedade.
A Hanseníase ainda é um problema de saúde pública no Brasil, e em alguns estados brasileiros ainda cresce em números inaceitáveis, mas as estratégias estão disponíveis às Autoridades de Saúde e aos Profissionais de Saúde cabendo a cada um fazer realmente a sua parte no combate e controle desta doença e o Terapeuta Ocupacional é imprescíndivel na formação da Equipe que compõe os Programas de Controle da Hanseníase (PCH) .
Este blog então dedica-se exclusivamente a intervenção deste Profissional junto às pessoas atingidas pela Hanseníase.